Sabe
qual é um dos maiores instigadores de problemas entre casais, pais e filhos,
irmãs, e amigas? As comparações.
Existem dois tipos de comparações.
A comparação com as demais pessoas, do tipo: “Por quê
você não é mais como a fulana, que é tão educada e organizada?”
E a comparação que você mesma faz com a outra pessoa que
não pensa como você: “Você pensa assim, mas eu acho que não tem nada a ver!”
Quando analisamos as comparações, realmente não tem coisa mais injusta na face da terra. Se pelo
menos fôssemos como aqueles joguinhos dos sete erros que são a cópia um do
outro com algumas pequenas alterações disfarçadas, tudo bem. Mas na realidade,
quem pode ser a cópia de quem se nem os gêmeos são iguais!
Para mim o pior é que muitas pessoas estão lendo isso e
concordando plenamente, mas concordar somente não adianta—infelizmente. Precisamos reparar nas vezes que fazemos isso.
Comece reparando suas expectativas a respeito de seu
marido. Se elas vêm de fora, já era! Se só porque seu pai sempre foi de uma
certa forma ou só porque o galã na novela fala com a sua “amada” de uma
maneira, ou porque o marido da sua melhor amiga é de um jeito, você quer que o
seu marido faça o mesmo, você está sendo injusta com ele. Ele não é o seu pai,
nem o galã da novela, nem o marido da sua melhor amiga. Ele é o galã que lhe
escolheu para passar o resto de sua vida ao seu lado. Dá para olhar pra ele e
parar de olhar para os outros?
E as suas expectativas com seus filhos? Iiiih, esse aqui
dá o que falar! Eu sei disso porque sou mãe e sei como é fácil compararmos
nossos filhos com os filhos dos outros. Apontamos os erros deles mostrando os
acertos dos outros, como se essa atitude fosse ajudá-los—até parece! Quanto
mais você os compara consigo mesma quando criança ou com os primos “exemplares”
dele, pior ele fica sabia? Não adianta! É como se você estivesse mostrando a
ele o que não ser, por incrível que pareça. Aprecie o seu filho do jeito que é
e ensine-o a ser melhor sem comparações.
As amigas também são vítimas, coitadas! Aliás, todo mundo
que faz parte de qualquer grupo, seja ele familiar, sala de aula, funcionários,
amigas, enfim, qualquer grupo sempre incita as pessoas a não somente compararem
umas às outras mas também a se compararem—que é o outro tipo de comparação que
a meu ver, estraga ainda mais os relacionamentos.
Quando
você se compara a outras pessoas, duas coisas normalmente acontecem: ou você se
inferioriza ou você se superioriza.
É como um marido que atendemos recentemente que insistia
em dizer que não via as coisas da mesma maneira que a esposa. Tá bom, e daí?
Você não é ela, ora bolas! Enquanto ele fica tentando fazê-la ver tudo como
ele, o problema não vai se resolver, e pior, ela vai se sentir cada vez menos
compreendida.
Sem falar de quantas pessoas que se rebaixam diante das
outras só por causa dessas comparações que elas mesmas fazem consigo mesmas:
“Eu não falo bem como a fulana, prefiro não levantar a mão e dar minha opinião…
Eu não sou bonita como a sicrana, nem adianta colocar um vestido daquele em
mim… Eu não sou experiente como ela, quem vai me ouvir?”
E quando você se acha inferior a alguém, você
automaticamente não a vê como amiga e sim como uma competidora. E quem disse
que estamos numa competição?
Pare com isso!
Pare de se comparar, de se deixar levar pelas comparações alheias, e não se
permita fazer o mesmo com as demais pessoas. Nunca seremos iguais as
outros—aceite isso.
Somos diferentes
em todos os aspectos (físicos, psicológicos, intelectual, social,
etc). Conviver em paz é compreender e respeitar as diferenças.
Porque, para com
Deus, não há acepção de pessoas.